Outro som...

Mais alguma coisa mudou dentro de mim. Não sei bem o que.
Li textos que antes me causariam impacto e hoje não me causaram nenhum.
Ouvi palavras que antes me tocariam e hoje não me sensibilizaram. E vice-versa.
Tive conversas francas, conversas truncadas, conversas interessantes.
Mudança de Imperatriz. E quando ela quer, ela muda. E só tem feito bem.
Vejo caminhos que nunca tinha visto. Escuto sons que nunca tinha ouvido. Dispenso o peso, a mágoa, o rancor. Me liberto por definitivo e sem regressões.
Ganho amizades, tudo ganha mais sentido. Uma outra cor. Boas amizades tem tom? Tem.
Tom de verdade, de sinceridade, de cumplicidade.

Percorro além do que se vê. Eu vejo com atenção, eu busco os detalhes, algo que só eu, como curiosa que sou, procuro saber e entender.
Mudança de Imperatriz. Sabia decisão. O processo da mudança não se alardeia. Só se é notável e louvável depois que já mudou. E eu já mudei. Sem a menor chance de dúvida.
Se um dia alguém me disse que o verbo 'mudar' pode ser visto como uma repentina troca de comportamento para inglês ver, esse alguém não tem coragem de mudar de verdade. Ou apenas alardeia o que seria, se possível fosse ser diferente.

Um traço diferente. Um silêncio de respiro que é só meu. Que eu só divido com quem tem a coragem reconhecer um novo som. Assovio uma música e busco acertar o ritmo. Sempre.