sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Olhava pro céu pedindo respostas, como se elas pudessem chover do alto.
Ao olhar os textos esquecidos no email, uma sensação imediata de dúvida tomou conta do seu coração.
Dentro, se perguntava como era possível ter se confundido tanto.
Sentia um misto de indecisão, se vasculhava mais dentro de si.
E se doesse?

Não doía mais. Ao ver os versos, as prosas, as discussões longas sobre assunto algum, se sentiu inútil.
Por ter perdido tanto tempo. Ela queria ter uma bola mágica, para voltar no tempo e virar o jogo.
Trocar as respostas, mudar as pecinhas, responder no tempo certo e não levar desaforo pra casa.
Seria outra história, escreveria outras linhas. Não se justificaria como réu em um Júri, não contaria suas angustias e passos a todas as pessoas, e nem a si mesma.

Depois de sentir tudo isso, ela sorri. Lentamente, caminha pela casa, dançando sem música. O sentimento que toma conta dela é maior. Passou por tudo e mais um pouco (o pouco mais doído que só ela sabe) e olhou pra trás sem se machucar.

Poderia ter sido diferente. Mas não foi, porque do jeito que tinha que ser valeria mais e valeu. Ainda sorrindo, chega até a janela, e respira. Missão cumprida.