sábado, 30 de janeiro de 2010

Eu acho que a gente deveria fazer tudo ao contrário.
Mudar o raciocínio.
Sentir diferente.

Quando eu gosto de uma pessoa coloco ela no alto. Um pedestal bem alto. Ela conquista um espaço de 96 % na minha vida. E olha, 96% é muito. Não chega a ser integral, porque afinal quem vale 100%?
Estranho colocar em números?
Talvez seja uma tentativa de objetivar um sentimento.

O fato é que a pessoa que tem os meus 96% tem por inteiro. Gosto com os defeitos e qualidades. E quando essa pessoa me decepciona, me machuca de alguma forma, ela vai perdendo pontinhos. E vai descendo, caindo...e aí, tudo muda.

E se fosse diferente?
A pessoa começa com 50%. Justo né? ela entra na minha vida com a metade. Nem pra bem, nem pra mal. A metade. E aí, cada coisa boa q ela faz vale pontos positivos. Ou ao menos, se ela me decepcionar o choque não será tão grande.

Quando eu digo uma pessoa, digo a todos que me conquistam e que eu também conquisto. No geral, na vida, como um todo.

As vezes é estranho sentir uma solidão rodeada de pessoas. Quando sentimos uma decepção, algo diminui dentro de você, alguma coisa muda.

Quero fazer de outro jeito. Quero quebrar o pedestal. E fazer com que a minha confiança seja algo a se merecer. Com todos os meus defeitos, com todas as minhas fraquezas, mas também com todas as minhas virtudes. Eu sou por inteira.

Quando você aponta um dedo para mim, me julgando, eu sei que existem três dedos apontados para você.

E quando eu penso que penso demais. E quando dizem que por isso eu sou racional, eu digo: é aí que se enganam. Pensar demais é sentir mais. O lado emocional predomina.